“Em geral, quanto maior a compreensão, maior o engodo;
quanto maior a inteligência, menor a saúde mental.”
1984, George Orwell
Eu vou ser sincera com vocês: o mestrado + trabalhos apertaram bem meus dias aqui, mas não foram o único motivo para a demora dessa newsletter sair. Sabe quando você vai em um restaurante e o cardápio é tão grande, te entrega tantas opções que chega a dar ansiedade e é quase impossível escolher?
Essas últimas semanas pesquisando sobre inteligência artificial (I.A.) foram como estar vivendo dentro de um imenso cardápio. Um menu completo que vai de pratos veganos, vegetarianos, carnívoros, até a oferta de gastronomia regional, internacional, cosmopolita, comida crua ou cozida, temperadas com todos os tipos de especiarias, pronta para qualquer paladar. Só que com um único tema em comum.
Ao invés de todos os ingredientes da cozinha, me deparei com tantas opiniões, experiências e expectativas, medos, julgamentos e animação, fatos e chutes estratosféricos. Mesmo assim, acho que não cheguei nem na borda do tema. Estou ainda na entradinha, o tal couvert do restaurante chique, que dá um gostinho do que está por vir. E digo: sem nem chegar na sobremesa, já precisei de um longo tempo de digestão pra voltar a encarar essas páginas aqui.
Então, antes de entrar de vez no assunto, preciso dizer que não sou nenhuma especialista ou estudiosa de I.A. Mas que eu gostei, eu gostei hahaha Estou no time dos mais entusiasmados, ainda que com aquele friozinho na coluna no estilo que sabe que, se isso sair do controle, é
Durante esse mestrado, podendo viajar com mais facilidade, relembrei o quanto gosto de ir a museus. Gosto mesmo! Tem algo na atmosfera de uma exposição, seja das menores aos grandes museus com os mais renomados nomes. É um ar que parece carregar uma aura diferente. Tipo sentir que você está muito bem acompanhada, sabe? Acho que é assim que eu me sinto em uma exposição de arte: respirando o ar da criatividade do outro. E ver a materialização dessa criatividade do outro para mim é muito inspirador.
Em Dezembro, fui ao Museu do Van Gogh, em Amsterdã. Foi uma tarde inesquecível para mim. Algum tempo depois, em Fevereiro, fui em uma exposição diferente do Van Gogh, aqui em Belfast, onde estou morando. Era uma exposição digital imersiva, com direito a óculos virtual e tudo.
Tipo a que esteve no Pátio Savassi por esses tempos em Belo Horizonte e em outras cidades do Brasil. Foi muito interessante vivenciar uma e depois a outra, mas me fez pensar: que contraste! Por um lado, a exposição digital possibilita o acesso às obras de grandes nomes da arte que de outra maneira não seria possível para a maioria das pessoas. E isso é fantástico! Por outro lado, fiquei indagando o quanto a exposição digital direciona nossa percepção sobre a obra. Porque ela é imersiva: regada a luzes, movimento e música. Sendo assim, nossa mente é literalmente levada pela mão para as emoções que se deseja causar ali. Já num museu ou em uma exposição, digamos, mais tradicional, é somente você e a obra. O que você vai sentir, vai pensar, como vai interpretar é muito mais levado pela percepção individual. Claro que existem os textos ao lado dos quadros que contextualizam a obra de arte, por consequência, podem gerar uma pequena influência. Mas é mínima em comparação.
Meu ponto aqui não é comparar uma com a outra. São experiências muito diferentes. Mas desde então, eu venho olhando com maior atenção e até mesmo interesse para esses impactos que estamos vivendo enquanto seres pensantes, criativos e únicos. Principalmente do ponto de vista profissional e artístico, tendo essa presença/estímulo tecnológico de maneira tão iminente. Aí, o único caminho que me restou foi pular de cabeça na tal I.A.
E pulei mesmo: experimentei, conversei com especialistas, ouvi não sei quantas entrevistas e podcasts do tema, li artigos, até que me senti afogando sem chegar a lugar nenhum. Porque ela afeta absolutamente todas as áreas. Do meio ambiente às forças armadas, das artes à política, do comercial ao acadêmico. Então, para conseguir me organizar, a forma lógica seria pegar esse cardápio enorme e focar no que mais interessa à minha fome do momento.
E minha fome sempre me leva de volta à literatura e à fotografia.
A coisa mais louca nessa história toda para mim foi que eu morro de preguiça de aprender novas tecnologias. Nos anos em que atuei de fato como fotógrafa, toda vez que vinha atualização de software de pós-produção ou conversas sobre as câmeras mais sinistras que chegaram ao mercado eu já queria esconder num buraco com minha câmera trambolho e meu Lightroom desatualizado. Era de preguiça mesmo: da linguagem, da velocidade, de reaprender sendo que eu tinha acabado de aprender. Quando eu finalmente entendia como fazia X, o povo já chegava com um alfabeto novo da atualização.
Mesmo com essa preguiça toda, a I.A. conseguiu ser fascinante num nível que me tirou do ostracismo tecnológico. A minha antiga preguiça deu lugar para uma fase de experimentações e descobertas. Acho que porque, com a I.A., existe algo muito além do aprender a fazer. É um entender filosófico, sociológico. São processos inevitáveis dessas grandes mudanças que nossa sociedade passa de tempos em tempos. Isso me instiga muito. Claro que o fazer também é muito impressionante e assustador, mesmo para uma pessoa leiga como eu.
A primeira vez em que me deparei com o efeito disso na minha área foi há cerca de seis meses. A notícia contava como o designer Ammaar Reshi usou I.A. para escrever e ilustrar um livro infantil, tendo o produzido e publicado em menos de 72 horas.
Ele fez isso após ler uma história para o filho de um amigo e ter sentido vontade de escrever um livro infantil. Não sendo escritor, resolveu usar o ChatGPT e o Midjourney para auxiliá-lo. O livro vendeu mais de 800 cópias na Amazon, até que a venda foi interrompida devido ao grande volume de críticas vindas de pessoas que se revoltaram com a situação. Os principais pontos levantavam questões sobre direitos autorais e presença de plágio no livro, uma vez que a I.A. se utiliza de dados coletados na internet e retorna ao usuário uma resposta que muitos acreditam ser uma espécie de colagem, unindo pedacinhos do que achou no seu gigantesco banco de dados.
Calma! ChatGPT, Midjourney… o que é isso?
Para quem não sabe, o ChatGPT, o Dall-E e o Midjourney, apesar de não serem os únicos, são os grandes fornecedores de I.A. do momento para o grande público. Digo para o grande público porque a gente sabe que, se chegou pra nós, é porque quem está dentro do clubinho privado dessas empresas tem o acesso a tecnologias muito mais avançadas e com maior antecedência.
Vou explicar rapidamente o que eles são, caso alguém não conheça. O ChatGPT e o Dall-E são geradores de texto e imagens criados pela empresa OpenAI. Outro dia, assisti ao TED Talk do Greg Brockman, o CEO da OpenAi, e foi bem interessante. Vale assistir, principalmente para quem nunca tentou usar as ferramentas, porque ele faz uma demonstração ao vivo mostrando o uso tanto do chat quanto da criação das imagens, além de entrar no quesito ética, entre outros. Já o Midjourney é um outro gerador de imagens que usa da I.A. , hospedado na plataforma Discord.
Foi usando esses geradores de I.A. que o Ammar Reshi escreveu e publicou seu livro infantil.
Mas então esse livro seria dele realmente?
O historiador e autor de Sapiens, História breve da humanidade, Yuval Noah Harari, escreveu um artigo para a The Economist onde ele lembra que o medo da inteligência artificial assombra a humanidade há décadas. Com os anos, o medo que antes era de algo mais físico, como robôs assassinos, mudou de direção. Ganhou espaço na reflexão (e realidade) sobre o poder de manipulação através da linguagem, seja ela escrita ou por imagens. Porque somos feitos de história e da habilidade de contá-las.
Então o que aconteceria se alguém não-humano se tornasse melhor nisso do que os próprios humanos? Melhor em compor melodias, em desenhar, em escrever... Afinal, a escrita está em tudo: no desenvolvimento de leis, escrituras, cultos religiosos... Poderíamos citar milhares de possíveis consequências, porque tudo volta para a nossa capacidade de desenvolver linguagem, se comunicar e, por consequência, influenciar os outros.
Na fotografia, um dos casos que mais repercutiu esse ano foi o do Sony World Photo Awards (SWPA).
O SWPA é um desses prêmios de fotografia muito prestigiados no mundo. Esse ano, a foto campeã foi a The Electrician, produzida pelo alemão Boris Eldagsen. Até aí tudo normal no front. O Boris ficou sabendo que foi o ganhador, botou seu terninho (figurativamente, porque o moço tem mais de 1,90m) e foi para a festa de premiação. Ao escutar seu nome, subiu ao palco e... disse que recusava o prêmio, pois ele usou inteligência artificial para fazer a imagem. Ainda fez um discurso daqueles sobre como imagens feitas com I.A. não podem ser consideradas fotografia, etc e tal. Literalmente jogou a mer..bomba no ventilador.
Não precisa dizer o frenesi que foi depois disso no mundo da fotografia. Eu acompanhei a coisa toda do momento que aconteceu até hoje. Passei a seguir o trabalho do Boris e entendi bastante o porquê da sua atitude.
Boris Eldagsen é um fotógrafo de longa data que vem levantando a bandeira sobre a necessidade de diferenciação entre fotografia e imagens de I.A. Inclusive, ele usa um termo para essa segunda: promptography, criado pelo fotógrafo peruano Christian Vinces.
E não entendam que ele é anti-I.A.
Pelo contrário, é um entusiasta que vem explorando as possibilidades criativas da inteligência artificial. O que aconteceu, segundo Boris, foi que, ao saber do resultado, ele falou com os organizadores avisando-os que usara I.A. na imagem. Mas ficou decepcionado, porque ao divulgarem o resultado nada foi falado sobre isso ou informado ao público. Ela foi divulgada como fotografia.
Para ele, é impossível julgar fotografia e ‘promptography’ da mesma maneira. Na verdade, sua intenção é fazer com que a indústria entenda que precisa se atualizar e entender que imagens com I.A. não são fotografias. Imagens feitas com I.A. são sintéticas, portanto é preciso saber separá-las. Seus atos foram intencionais. Ele recusou o prêmio, mas o fez a fim de acelerar a conversa sobre o assunto. E funcionou!
Segundo Boris, porém, o que a I.A. faz não são apenas colagens. Isso porque existe uma ideia por trás a guiando. E aí, eu volto para o título dessa newsletter:
Você está prompt??
Para produzir algo usando o ChatGPT, o Dall-E ou outros geradores de inteligência artificial é preciso desenvolver um prompt. Esse é um dos principais, se não o principal ponto que vai diferenciar os resultados que a pessoa procura.
Prompt é a instrução fornecida que vai direcionar o gerador de I.A. para que ele saiba o que precisa fazer. Mas não é tão simples quanto parece. E aí é que vão entrar habilidades chave para quem for embarcar nessa.
Não basta colocar somente “faça uma imagem de uma menina loira no ônibus com dente de leão voando”. Bom, na verdade até basta, depende do que você quer. Se você quiser uma imagem/ilustração supersimples, você vai conseguir. Se você quiser algo mais artístico ou realista, vai ser preciso um esforço maior. O grande lance desses geradores é que quando eles entregam esse algo a mais, é de cair o queixo e acho difícil alguém negar.
Eu experimentei algumas vezes e vou mostrar algumas diferenças.
Escrevi um texto que publiquei no Instagram recentemente, chamado Dente de Leão. Usando a base do texto, resolvi experimentar com o Midjourney e com outro gerador gratuito, chamado BlueWillow, para ver se conseguia alguma imagem legal para o post.
Devo dizer que fiquei horas nessa brincadeira. É um perigo, porque no fundo o trem ainda é divertido! Algumas imagens são tão nonsense de me fizeram gargalhar. Mas não teve tempo ruim na minha curta experiência com a I.A., foi pura diversão. A cada prompt, dava vontade de elaborar um diferente para tentar alcançar algo mais próximo do que eu queria, ou mais criativo. Muitas vezes surgia algo inusitado! É louco, mas a I.A. também entrega algumas coisas que são muito mais criativas do que eu imaginaria. E não foi só eu quem achei isso não. O Cris Dias, ex Head de conteúdos do BuzzFeed Brasil, participou de um episódio do podcast Braincast onde ele comentou que ao usar da I.A. para alguns trabalhos, se deparou com soluções muito mais legais do que ele teria imaginado.
Esses prompts valem para o gerador de texto também. Quanto mais elaborada a instrução, melhores as chances de se chegar no objetivo. Porém, é importante lembrar que o ChatGPT tem a autoconfiança de um terraplanista. Te fala coisas absurdas com absoluta certeza e quase te faz acreditar que 2+2 é 19. Ainda insiste nas alucinações como se tivesse tomado uma caixa de Zolpidem antes de dormir. Então é preciso manter a orelha em pé e sempre desconfiar.
No final, consegui resultados que amei para o meu post. Estão lá no meu Insta para quem quiser conferir. Lembrando que só as imagens são de I.A., o texto é 100% autoral de moi <3
Ano passado, no Colorado, uma das primeiras obras produzidas por I.A. a ganhar um prêmio também deu o que falar. Foi a “Theatre d’Opera Spatial” do Jason Allen. A repercussão, claro, foi dividida entre os que defenderam e os que acharam isso um absurdo, chamando até de “a morte da arte”.
Pesquisando sobre, achei muito curioso que o Wikipedia colocou a imagem como sendo do artista Midjourney, depois citou o Jason M.Allen como secundário, responsável pelo prompt.
Lá fui eu ser nerd como sou e procurar mais a fundo para entender essa questão. No caminho, me deparei com alguns artigos científicos. Um deles foi o A Inteligência Artificial consegue fazer arte? escrito por pesquisadores do departamento de Filosofia da Universidade de Zurich.
Nele, uma pesquisa foi desenvolvida para entender se as pessoas realmente consideram que um robô possa fazer arte. Utilizando-se de pinturas para fazerem alguns testes, eles chegaram a algumas conclusões. A principal foi que sim, para a amostragem da pesquisa, arte de máquina também é arte. Porém, quando perguntados se acreditavam que o robô/máquina poderia ser considerado um artista, aí a resposta foi não.
Se voltarmos um pouco no tempo, não é segredo que o surgimento da fotografia também causou um fusuê na arte. No século 19, Charles Baudelaire, poeta francês e crítico de arte, chegou a chamar a fotografia de “o inimigo mortal da arte”. Anos depois, a fotografia digital alterou a própria forma de se fotografar. Agora, a inteligência artificial vem fazendo sua própria revolução, mas em uma escala muito maior.
Não acho que sejam situações iguais. Também não acho que estejam tão distantes assim. Essas mudanças não pedem passagem. Poderíamos olhar também para as redes sociais, onde a I.A. atua através do famoso (e tenebroso) algoritmo.
É nítido como as redes sociais vem afetando, por exemplo, a habilidade de leitura e escrita, principalmente das novas gerações. Mas existem também enormes possibilidades dentro dessa batalha de certo/errado com a própria I.A.. Um estudo realizado com alunos do ensino fundamental investigou como o uso de inteligência artificial geradora de poemas (Poetry Machine) influenciava os alunos. Vale dizer que a poesia tem um papel essencial em ensinar habilidades linguísticas e estimular o pensamento criativo das pessoas, especialmente no período de aprendizagem. Mas a maioria a acha difícil e até chata. Pois bem, o estudo levantou dois pontos: um foi como poemas publicados nas redes, como o Instagram, motivavam os estudantes a escreverem poesia também. Isso porque eles estão familiarizados com a rede para além da escola.
Sobre a produção de poesia utilizando-se de I.A. na escola, eles concluíram que seu uso na verdade serviu como incentivo para o interesse dos alunos. Isso porque ainda existe uma falta de inovação e atualização na pedagogia. Ao usarem ferramentas de I.A. na sala de aula, diminuiu-se a distância entre a vida digital dos alunos e as práticas escolares, aumentando assim o interesse deles e servindo como suporte ao ensino.
Eu conversei com um professor de mestrado e doutorado na área de Marketing e Ciências Sociais da Queens University (minha uni), o Dr. Dionysios Karavidas. Entre tudo o que falamos, uma das coisas que eu queria saber dele, já que ele estuda e trabalha diretamente com isso, era se ele acredita que a I.A. pode de fato criar algo, ou apenas reproduzir com outra roupagem o que existe por aí. Essa é uma das grandes discussões que eu vejo atualmente, principalmente retornando o ponto de vista para a produção artística.
“A I.A. é ajustada ao comportamento humano. O algoritmo não apenas combina conhecimento existente por aí, fazendo uma colagem. Ele compreende como os padrões e o comportamento humano funcionam e, através disso, ele consegue produzir algo que não existe na realidade, algo único, por exemplo uma imagem de um ser humano que não existe de verdade.
A I.A. usa computadores para replicar, reproduzir e simular esses padrões, mas consegue produzir esse algo único através da compreensão do nosso comportamento. Assim, eles agem como se fossem humanos.
Mas e a ética? Bom, a I.A. só reproduz baseado no banco de dados pelo qual ela é alimentada. Se você coletar informações de um grupo de extrema direita, nazista, por exemplo, e alimentar o algoritmo com aquele padrão de atitude, pensamento, a I.A. vai reproduzir exatamente aquilo. Por isso, é muito importante que, para que o algoritmo não seja tendencioso, ele seja alimentado com responsabilidade.”
Dr. Dionysios Karavidas
Eu, como pessoa leiga no assunto, estou começando a entender aos pouquinhos sobre essas ferramentas que evoluem a uma velocidade assustadora. Mas acredito que, no final, simplesmente não é possível fechar os olhos. A inteligência artificial é uma realidade. Cabe a nós escolhermos cruzar os braços e ficar de mal, ou aprender com a novidade. Aprender a como integrá-la de forma positiva nas nossas vidas, evitando que, pela falta de conhecimento, ela realmente se torne um pesadelo. E, principalmente, cabe aos nossos governantes tomarem ações: regulamentá-la com agilidade e eficiência, evitando que pessoas sem ética e empresas que visam somente o lucro usufruam de forma maliciosa dessa tecnologia.
Alguns links citados no texto:
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Ufa! É isso.
Até a próxima,
com carinho
Cleu
Li 2x o que escreveu.
Por ser quem sou, ando sempre em busca do que me faz sentido e sentir... o contrário funciona também. Ainda não consegui me entusiasmar com toda esta novidade, sou muito avaliativo e com isso, acabo por olha pela fresta afim de não me deixar ser seduzido de primeira. hehehe .
Bem, temos muito o que ver e, pela velocidade dos acontecimentos, logo estaremos ainda mais pasmos com as capacidades.
Não quero negar o fascínio, só preciso de mais tempo.
Seu texto é sempre um alívio.
Felicidades!